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A mostrar mensagens de agosto, 2018

Sem arrependimentos!

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Há umas semanas atrás, li um artigo, numa publicação americana, que explicava como é possível uma mulher conciliar a carreira e a maternidade. Reparem que o assunto "carreira vs maternidade/paternidade" é um assunto que apenas as mulheres têm que conciliar. Claramente, para o mundo os homens facilmente resolvem esta questão. Não abdicam de nada. Têm tudo: carreira e família. Já nós, as desgraçadinhas  das mulheres, temos que nos dobrar, desdobrar, voltar a dobrar para conseguir ter uma família e uma carreira.  Mas porquê? No momento que nos tornamos mães somos rotuladas. Levamos imediatamente o carimbo "Mãe" na testa. E com este carimbo, vêm os outros:       - agora quando os míudos ficarem doentes, já não aparece para trabalhar!       - agora vai ser só a conversa insuportável dos filhos!       - agora vai andar sempre de telefone atrás para saber da canalha!       - agora vai chegar à hora de ir embora e vai sair impereterivelmente à hora!

Let it be!

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Sofrer

Fui fazer dermoblading. Amigas, quem vos disser que aquilo não dói, está a mentir. Muito. Mentir muito. Mesmo, mesmo muito!

Coisas que ninguém me disse

Há imensas coisas, relacionadas com isto da maternidade, que só aprendi por experiência. Ou nunca me tinham dito ou, nunca tinha pensado nisso. Ficam aqui as coisas que ninguém me disse, mas que eu aprendi.  1. Depressão Pós-Parto - eu achava que depressão pós parto implicava duas coisas: tristeza e sentimentos negativos e de repulsa ao bebé. Mas... NÃO! Errado! Erradíssimo! Do António a coisa complicou... Muito! Mas, nunca, em momento algum senti que não amava o meu filho. Nunca. Antes pelo contrário. Triste?!? Talvez algumas vezes mas, o que mais marcou o pós-parto do António foi a ansiedade. Tive durante, pelo menos dois anos, ataques de ansiedade em relação ao António e à maternidade. Andava constantemente debaixo de um nevoeiro de ansiedade e angústia. Nos primeiros meses, quase não dormia e cheguei a pedir ao meu marido para fazermos turnos para velarmos o sono do António. Achava que era uma péssima mãe e que tudo o que lhe acontecia (ou que não acontecia) era minha culpa. Acha

Amamentação #1

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Faço, logo do início, um disclaimer : não sou uma louca da amamentação e tudo o que escrevo é fruto da minha experiência ou opinião dos profissionais de saúde que escolhi para seguirem os meus filhos ou a mim. Os benefícios são inegáveis mas, às vezes, não dá ou a Mãe não quer. Aqui não há julgamentos: it is what it is.  Do António a experiência foi terrível. Não tive gretas na primeira semana porque, como esteve internado na neonatologia quando nasceu, não pudemos fazer livre demanda. Mas às duas semanas, quando já mamava como "gente grande", elas chegaram. E chegaram em força. A dor era excruciante. Tirava com a bomba e o leite que saía era vermelho, tal a quantidade de sangue. Não foi difícil que, chegado o primeiro mês de vida, não tivesse leite suficiente. O nosso corpo é inteligente. Segundo o que me explicou o pediatra na altura, a dor era tanta que a resposta do meu corpo foi diminuir a produção de leite de maneira a minorar a causa da dor. Foi uma pancada cruel. Nã

8 meses de Mafaldinha

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O Mundo conhece a Mafaldinha, a contestatária. A minha Mafaldinha, é, sem dúvida, a ditadora. 8 meses e já se revela obstinada e dona de um feitio peculiar. Mafaldinha, que é na maioria do tempo bem-disposta e dona de altas gargalhadas e rasgados sorrisos, quando contrariada, grita! Muito. Mafaldinha puxa o choro e guincha desalmadamente. A Mafaldinha gosta muito de se entreter com tudo, exceto quando vê a mãe. Quando me vê, larga em gritos e choros que claramente traduzem: "ah sacana. É aí que tu estás. Eu estava aqui a entreter-me porque não sabia onde tu estavas mas, agora que te vi, vou gritar e chorar muito para pegares a mim. É para isso que tu serves.". A minha Mafaldinha já gosta de comer. Mas não abdica da sua maminha. Continua um bonequinho Michelin, mas ainda melhor. Porque o boneco Michelin é do mundo, e esta boneca é (ainda) só minha.