(not) A Casa da Mãe Joana

A educação sexual não começa só na adolescência. Não pode. Infelizmente, a maioria das nossas crianças vai ser exposta a algo relacionado com o tema sexual muito antes disso. E nós, Pais, Avós e Educadores em geral, precisamos de dar-lhes ferramentas para saberem viver isso corretamente. É algo cultural, por exemplo, não questionarmos as crianças relativamente a se querem ser tocadas, ou não. Não. Não acredito que, se obrigar o meu filho, a dar um beijo à avó para a cumprimentar, que estou a permitir que ele mais tarde, se abusado (Deus me livre), interprete isso como algo inócuo porque o obriguei a dar um beijo à avó. MAS, as vontades das crianças devem ser ouvidas. Às vezes, esquecemo-nos disto. Eu, não obrigo o António a dar beijos (salvo raras exceções) mas, obrigo a que, em substituição do beijo, diga um "Olá" ou algo semelhante às pessoas a cumprimentar. No outro dia, fomos ao centro de saúde para uma consulta. A minha médica é uma rapariga nova e fantástica. Disse-m

Todos os dias ao jantar repete-se a mesma cena: - Mamã tenho que ir fazer cocó. - Ok António. No fim, chama por mim. Eu, continuo a comer. E, entre uma garfada de arroz ou um pedaço de carne, inevitavelmente ouço: - MAMMMMMÃÃÃÃÃÃÃÃ anda-me limpar o rabiooooottttee! Vá lá, pelo menos diz rabiote. Se dissesse "cú" como alguns que conheço era bem pior...

Esta é a imagem mais real do meu pós-parto. Não estou bonita. Não estou a sorrir. Estou descabelada. Cansada. A dormir. Não se vê, mas nas minhas mamas não está só a Mafaldinha. Estão, também, gretas que sangram... e doem. Muito. Tenho o meu coração feliz mas cheio de dúvidas. Estou dividia entre este bebé, e o bebé que deixei em casa. Será que vou ser capaz? Será que ela respira? Será que tem calor? E se a deixo cair? E o António? Será que sabe que o meu amor por ele não diminuiu? Será que ele sabe que ainda o amo mais? Será que ela respira? Será que ela tem fome? E o meu rico filho, António? Será que se tem alimentado bem? E o Manel? O que será que ele está a sentir? Será que ele sente este sufoco como eu? Será que ela respira? Será que sou boa mãe? Será que sou um bom exemplo? E se não conseguir amamentar? Será que ela respira? Será que se eu disser a alguém que me sinto incapaz de tratar de um bebé, vão achar-me doida? Será que ela respira? E se a deixar cair? Felizmente, desta

Sabes que és mãe quando, tiras o interior da tua filha e ele vai de imediato para uma bacia com detergente da loiça (não há detergente da roupa forte o suficiente) tal é o estado dele, e ficas contente porque sabes que ela, pelo menos, ficou aliviadinha!

É a minha versão de "entre a espada e a parede". O António, meu rico filho de 4 anos, desde os 2 que faz crises sucessivas de 'ites. Ele é amigdalites, ele é adenoidites, etc. Então, o primeiro ano na escola foi um descalabro. Já sabiamos que, mesmo antes do otorrino o dizer, que teria que ser operado. É uma maleita genética (o puto não podia ficar só com o bom, certo??!?). Têm que sair as amigdalas, as adenóides e eventualmente tem que colocar tubinhos para ventilar os ouvidos. Ora, apesar do meu lado hipocondríaco, sei que recorri a bons profissionais e dentro do que a cirurgia acarreta, julgo estar relativamente calma (por enquanto, vá). Lamento, do fundo do meu coração não ser no SNS do qual sou fã, mas a espera era incomportável para o caso dele. O meu dilema é o pernoitar. Sou mãe, também, de uma raticha (nome carinhoso cá de casa) de 2, quase 3, meses. Esta raticha é amamentada em exclusivo e biberão nem vê-lo que,  as maminhas da minha mãe é que são boas ( suponh

Sou só eu que, nestes dias de mau tempo, tenho imensa pena dos guarda chuvas destruídos que desfilam pelas estradas? Fico ali a imaginar o dono, atrás do seu amigo e que, depois de uns minutos de perseguição, decide abandoná-lo à sua sorte.  Sim... tenho imensas pancas. Qualquer dia conto como gosto de imaginar, nos dias de trânsito com chuva, que estou num vídeo-clip (ainda se usa esta palavra?!?) da Adele...