Filhos e Carne Tenrinha

Sou daquelas chatas que está sempre a dizer que a maternidade foi o melhor que me aconteceu na vida. Quando digo isto, não quero dizer que tudo o que vivi até àquele momento em que fui mãe, perdeu ou não teve sentido. Quero simplesmente dizer que, aquele foi o momento que melhor define o que, para mim, é o melhor de viver. Não tenho pena, nem tento evangelizar, quem nunca foi, ou não quer ser mãe ou pai. É uma opção como outra qualquer. Noutro diz, enquanto dizia a uma amiga "-opá, espera até teres filhos [atenção que é uma pessoa que já manifestou imensas vezes o querer ser mãe]. É o melhor do mundo!". E depois, senti necessidade de explicar porque o dizia. Acho que arranjei uma boa metáfora.

Dizer que às pessoas que têm que ser mães (ou pais), para mim, é como aconselhar o melhor restaurante do mundo, para mim, claro... Ou seja, quando digo "-Tens que ter filhos!", o que estou a querer dizer é "-Ter filhos, para mim, dá-me imenso prazer. Assistir ao milagre da vida a acontecer, literalmente, à frente dos nossos olhos, é mesmo, mesmo divinal!", é como dizer "Sabes, aquela carne tenrinha, macia, que se desfaz como manteiga na nossa boca?!? Comi-a naquele restaurante! Tens que lá ir". No fundo, não estou a dizer que eu escolho o melhor restaurante, nem, tão pouco, que todos têm que comer carne... Só quero dizer que, para mim, aquele é o melhor restaurante do mundo e, se tiverem os mesmos gostos que eu, vão gostar também! Ah, de notar que, mesmo sendo carne tenrinha, não vou recomendar esse restaurante a quem não tem dentes. O mesmo se aplica, a quem não pode ter filhos, tá? Se sei disso (dentes ou infertilidade), sou incapaz de falar acerca de qualquer um dos assuntos.

Era só isto.

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